quarta-feira, 5 de março de 2014

Março, filhos, mães, mulheres, mundo.



E Março vem vindo, quieto, quase nem notei o carnaval. Hoje, depois de dias off para o mundo é que assisti o noticiário, e como sempre me arrependi.
O meu filho, aos 8 anos quer discutir as noticias, quer explicações para a maldade do mundo, pra inconformidade do povo, e sempre que ouve falar em morte relembra as perdas que teve, o bisvovô tão querido principalmente. E então, como mãe, paro pra pensar que as grandes revoluções começam em cabecinhas como a dele, como a dos seus filhos, como a de todas as crianças nesse mundo. Criar um ser humano com pensamentos saudáveis e dignos, contribuir positivamente para seu crescer, para sua independência, sem deixar de lado suas particularidades e suas emoções. Conduzi-los para o autoconhecimento, a fim de fazê-los sentir-se seguros com relação a suas emoções, para então digerir o mundo em que vivemos.

Sim, DIGERIR. Não é tarefa fácil digerir o mundo, seus milhões e milhões de bytes de informação e modismos, seus conflitos e suas cercas de proteção. Não é tarefa fácil para nós que somos adultos, tanto mais para crianças.

Eles se saem bem, confesso, A  N. sempre me surpreende do alto dos seus 7 anos com constatações de tirar o folego e um jeito engraçado de ver o mundo e o C. traz sempre um cuidado, um carinho a mais.
Mas ainda assim me preocupo, procuro levá-los a vários pontos de vista, a todas as situações possíveis e a convivência com variadas personalidades.
O que não é nada fácil  enquanto são esponjas... tampouco quero que sejam peneiras, tenho a sensação que a malha da peneira nada mais é que preconceito.

Quero-os humanos, quero ser um décimo do que minha foi pra mim.
Não, ela não mostrou-me o mundo como tento fazer com eles, nem me apresentou a muitas pessoas com o objetivo de me ensinar a conviver, nem conversou sobre tudo sem preconceitos e julgamentos, mas ela foi um mundo, um vasto mundo, como são todas as mulheres, demorei um pouco a perceber-lhe, como em geral acontece com todas as pessoas, mas assim que tornei-me mãe compreendi que ela é nada mais  que imensa em força, inteligência e capacidade de renovação.

Não há como fugir, nem quero, sempre que penso em meus filhos, penso em minha mãe!
E de certa forma compreendo que não preciso de muito, que a maior lição que posso ensinar-lhes a fim de mantê-los seguros e torná-los preparados é meu exemplo.
Nada será mais útil, nada será mais lembrado e consultado do que as atitudes de uma mãe, de um pai.
Todos os meus esforços para criar humanos de bem se perderão se não vierem acompanhados de bons exemplos e de sincronia entre falar e agir.


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