sábado, 28 de dezembro de 2013

Cuidadores.



Gente do mal é o que há, mas gente do bem é o que mais tem. Gente que gosta da gente e que não gosta também. Gente que cuida de bicho e gente que cuida de gente. Gente que faz tudo certinho e gente que erra de repente. Gente, gente, gente. No meio de tanta gente, gente que é mais gente, tão mais,  que não é gente, é cuidador.

Um cuidador entende que mesmo sendo um gesto pequenino, cada ação faz diferença, aproxima, faz sorrir.
Gosto muito de um poema da Roseana Murray chamado  "TRIBO"

Há uma tribo que sonha
e nunca esqueceu as asas.
E acredita em coisas simples,
sol, pão, chuva, beijo, lua.
E mesmo quando o sangue
tinge as tardes e os rios,
e as palavras se transformam
em veneno, pedras e facas,
alimenta as sementes da esperança
com lágrimas e pequenos gestos limpos
para que virem árvore.


Há uma tribo de cuidadores, que não param, apesar das dificuldades, não porque sejam feitos de aço ou coisa parecida, mas porque são feitos de translúcidos sentimentos.